Pude lembrar-me das coisas que vi. No entanto, pouco consigo sentir em relação à elas. Vai dizer que tu não cansastes de andar por aí, entrando e saindo de histórias que não mexiam com você? Pois digo, ou melhor, lhe pergunto: O que entendes de cansaço? Logo tu, que levas a vida na flauta, acostumado com os sentimentos mundanos meramente carnais e agressivos. Logo tu, que desconhece do amor, que existe por acreditar na existência do existencialismo. Logo tu, que de tão inexpressiva presença, me faz pensar que números servem apenas para subtrair. Já pensastes nisso? que quanto mais os anos passam, mais coisas temos a perder? Que a vida é meramente contagem regressiva, feita de perda de sonhos e conquistas que planejei dia-a-dia em uma folha de papel? Pois seja, se daqui pra frente, tenho menos números em formas de dias, quero perder-me em noites de dança e esperar o último que de lá sair, apagar-me a luz que me subtrai.
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