sábado, 9 de fevereiro de 2008


Acordei irritada. Eu dormi de calça jeans hoje.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008


Eu passaria a vida inteira enfatizando, quantificando, qualificando essas coisas as quais todos adoram falar. Eu viveria meus próximos dias modificando, fracionando, trapaceando os problemas incansáveis da vida. Eu poderia dormir sem calça por mais 60 anos, tomaria banho gelado por mais três vezes na semana.
Eu leria só mais cinco livros, eu escreveria mais 3.000 textos, eu estudaria pra todas as minhas provas de direito e francês. Eu teria mais amigas falantes por apenas quatro meses, eu viajaria mais vezes à São Paulo. Eu suportaria a falta de conteúdo de alguns familiares, eu me daria o trabalho de cogitar matar um amigo chato, apenas cogitar é claro. Eu pensaria mais todos os dias, eu entraria mais na internet para saber dessa vidinha superficial. Eu poderia até pensar em ser mais legal e menos intolerante 2h por dia. Tudo isso se eu tivesse um saco enorme. Mas eu nem tenho.

Indiferença não existe.

De fato, tenho dito que o extremismo não leva a lugar nenhum. O extremismo não é nada além de uma raiva interna que consome e desintegra as virtudes e os sentimentos civilizados humanos. Os piores exemplos dessa mesquinharia deram por fim raças inteiras e levaram países a guerras mundiais e mortes em massa, sem exageros.
Sei que todo ser humano é composto por sentimentos compreensíveis e sentimentos individuais duvidosos e obscuros até para o mesmo. O homem é incapaz de compreender suas ações e atitudes, é como se fossemos mistério do nosso próprio corpo.
Diariamente convivemos com coisas que nos trazem um malefício soberbo, no entanto, pouco ligamos e, quase sempre, todas as coisas que nos remetem certo tipo de incerteza e proibição nos levam a sentir grandes doses de puro prazer.
Certamente sabemos dos nossos riscos, mas não podemos dizer que os conhecemos. Dos riscos os quais sabemos, sabemos também que são apenas hipóteses onde nem todas as ações levam às mesmas conseqüências e resultados. É como se na esfera dos acontecimentos, a lei de Newton fosse severamente contrariada, onde nem toda ação sofre uma reação. Quantas vezes andamos por aí sabendo de casos e histórias que nos causaram impacto, mas foram meramente acontecimentos naturais aos olhos das outras pessoas?
Eu posso-lhes afirmar que qualquer sentimento humano, por mais inexpressivo que seja, é conhecido como reação. A raiva, a angústia, a tristeza, a revolta, são sentimentos de reação inflexiva, reações que agem por si só, assim mesmo, sem precisar pensar. Apresento-lhes então reações que às vezes não recebem essa conotação pela simplicidade da resposta, por serem tão inexpressivas, eis ai a o que todos nós conhecemos por indiferença.
Se fosse possível fazer uma analise sobre a indiferença, eu afirmaria seguramente que esta não existe. Creio que seja anti-humano e atípico um sentimento que ignora os demais sentimentos dos homens. Sentimento que abala, cala e silencia as raivas e demais reações completamente naturais na nossa existência mundana, como diria Freud. É visivelmente explicável que mesmo quando dizemos que certa coisa não mais nos atinge, elas continuam atingindo, sendo então, de uma nova forma, uma outra maneira de enxergar e reagir à determinada conduta. Se for necessário explicar-lhes com exemplo, eis ele então: Quando gostamos profundamente de alguém e não somos correspondidos, criamos em nós um sentimento de desprezo e o sentimento em relação ao outro aumenta a cada dia. O tempo passa, as coisas mudam e acabamos nos acostumando com as situações do cotidiano e percebemos que determinadas pessoas não foram destinadas, explicitamente, a nós. Então, de repente, vemos o jogo se inverter. Nós, que antes sofríamos por coisas que, a meu ver, não deveriam causar o mínimo sofrimento, nos enxergamos como protagonistas da situação amorosa, de amantes passamos, enfim, a sermos amados. Mas o tempo passou, o jogo virou e aí dizemos o velho e péssimo hábito errôneo: “Eu não sinto raiva por tudo que passou, mas agora estou indiferente”. Eis então que nessas horas tenho vontade de matar o cidadão que ousa usar essa palavra TENEBROSA chamada indiferença. Posso afirmar que você não sente indiferença. Já passou pela sua cabeça que o que você sente atende apenas pelo simplificado conceito de não sentir mais amor? Apenas isso, amor. Você não ama mais, mas ao mesmo tempo por dentro sofre de uma súbita euforia e um sentimento inexplicável de êxtase que faz com que seu ego cresça exuberantemente. Apenas pelo fato de saber que a historia se inverteu e mesmo que não haja mais amor, milhares de sentimentos explodem em você, e você, pessoa de poucas palavras, misterioso, que não consegue entender o comportamento de seu próprio corpo, vem dizer que sofre de indiferença? Faça-me favor.

Opinião


São infamantes, de caráter vexatório e enfraquecem a força da opinião. A humilhação é, contudo, vaidade daqueles fanáticos e é, também, uma das maiores forças movidas para a defesa do indivíduo exposto ao ridículo.

APRENDA DIREITO!


.DA PRISÃO

As leis têm como objetivo promover a segurança social. Os juízes são encarregados de aplicar as penas e muitas vezes de prender, retirando a liberdade, por motivos menores e outras vezes de manterem livres, aqueles merecedores. O erro desse exercício é constante, por isso as leis devem apresentar conteúdos consistentes que determinem os casos onde a prisão deve ser aplicada.
Na medida em que os cidadãos passarem a não temer a prisão de forma tão intensa, os indícios mais fracos, presentes nas leis, poderão ordenar a prisão. Hoje, a idéia da justiça é substituída pela força e pelo poder, onde a prisão é mais um sofrimento do que um meio de deter um acusado.


. DA TORTURA


Aplicar a tortura para conseguir a confissão é considerado uma barbaridade. Existem dois casos: ou o delito é certo ou o delito é incerto. Nos casos onde os delitos são certos, não há necessidade de aplicar a tortura para uma confissão, quando o acusado já é, de fato, considerado culpado. Nos casos de delitos incertos, é injusta a utilização de tortura em pessoas inocentes que nada têm a declarar. O autor interroga qual a necessidade de torturarem inocentes ou pessoas já consideradas culpadas, quando o intuito é apenas impedir que outros cometam atos semelhantes.
O autor faz uma critica dizendo que é um absurdo ser acusador de si mesmo ou extrair a verdade de alguém através da tortura como se, de algum modo, a verdade estivesse impregnada nos músculos do torturado. Além disso, a fim de evitar a tortura e recorrer ao caminho mais fácil para impedi - lá, muitos acabam assumindo atos que em hipótese nenhuma ocasionaram.
A tortura pode ser um meio de aprisionar o inocente fraco, que pretende acabar com a dor, e livrar o culpado persistente e forte, que agüenta até os últimos instantes, sem pestanejar. Logo, a tortura não pode ser utilizada como um instrumento capaz de distinguir verdade e mentira. Além dessa, existem outros meios pelo qual um inocente pode causar impressão de um culpado. A tensão dos julgamentos e toda a sua formalidade tiram a tranqüilidade de qualquer pessoa, dando-lhe total insegurança.

Elas gostam mais de sexo que os homens.
Gostam mais ainda de falar dos pudores que tanto desconhecem.
Elas se culpam demais e se esquecem: que um dia toda mulher terá uma calça que não vai lhe servir.

L´amour


"L'amour, hum hum, pas pour moi,
Tous ces "toujours",
C'est pas net, ça joue des tours,
Ça s'approche sans se montrer,
Comme un traître de velours,
Ça me blesse, ou me lasse, selon les jours
L'amour, hum hum, ça ne vaut rien,
Ça m'inquiète de tout,
Et ça se déguise en doux,
Quand ça gronde, quand ça me mord,
Alors oui, c'est pire que tout,
Car j'en veux, hum hum, plus encore,
Pourquoi faire ce tas de plaisirs, de frissons, de
caresses, de pauvres promesses ?
A quoi bon se laisser reprendre
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,
L'amour, hum hum, ça ne va pas,
C'est pas du Saint Laurent,
Ça ne tombe pas parfaitement,
Si je ne trouve pas mon style ce n'est pas faute
d'essayer,
Et l'amour, hum hum, je laisse tomber!
A quoi bon ce tas de plaisirs, de frissons, de
caresses, de pauvres promesses?
Pourquoi faire se laisser reprendre,
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,
L'amour, hum hum, j'en veux pas
J'préfère de temps en temps
Je préfère le goût du vent
Le goût étrange et doux de la peau de mes amants,
Mais l'amour, hum hum, pas vraiment!"

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Conto de nós quatro.


(...), uma delas fala que não sente falando o que deveras sente. É o conto de nós quatro. Uma chora dos amores impossíveis sabendo da própria impossibilidade pessoal de, então, amar. Fala do amor com plenitude, fala do amor com arrogância e descrença. Desacredita da verdade absoluta, mas com absoluta certeza, gostaria de não mais desacreditar. Ela se cansou do cansaço diário, fala mansinho e vagarosamente, fala mansinho, fala forte e fala alto, ela também fala o que deveras sente. Fala verdades, meia verdade, às vezes nem fala e outra vezes, muito menos, se cala.
Uma odeia demasiadamente a si própria pelo singelo detalhe de se amar demais. Tem um autocontrole exacerbado que quase sempre perde as rédeas da própria meada de sua historia completamente sem sentido nenhum. Faz parte de um mundo que, sinceramente, ninguém reconhece ou admite que exista. Faz teatro, faz peça, faz cena e faz amor demais pra alguém que gostaria de ser um pouco mais feliz, estável e realista. Fala fino, fala doce, fala amargo e às vezes até azedo. Fala o que acha que deve e deveria apenas nem cogitar a idéia de pensar em falar, às vezes. A outra é dura como rocha e mais doce que cubo de açúcar. A rocha então quase sempre se desfaz naquelas fortes tempestades constantes de chuva ácida. Essa sente quase tudo o que não fala, fala quase tudo o que não sente, às vezes acha que ela também deveras, mais do que as outras, sente. Eu sinto que existe uma outra que, deveras, fala demais das outras que , às vezes, quase acham que sentem.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

CINEMA?


TRABALHO ESTRANHO DE CINEMA?


"Grandes e ensurdecedores aplausos ao Cinema brasileiro, por mais singelo que esses sejam."


Digo em alto e bom tom que o cinema brasileiro merece ser ovacionado pela grande quantidade e explêndida qualidade dos filmes lançados, pelo menos, nos últimos 10 anos. Não é todo dia, ou melhor, em todo país, que podemos encontrar filmes com a riqueza cultural e social de, por exemplo, o tão citado “Tropa de elite”. Por trás da fama, além dos roteiros e câmeras, existe um universo e uma indústria que funciona e se movimenta através de uma força quântica e fervorosa. Essa indústria abrange um contexto muito maior que apenas aquela brilhante esfera conhecida como: A ARTE DE INTERPRETAR.

Hoje em dia todos nós cidadãos sabemos que este uma conotação social impregnada na cabeça dos nossos cineastas que, de fato, mostram que vieram para revolucionar e para mostras àqueles que se negam a enxergar, que o Brasil precisa urgentemente de alguém que olhe por nós. Este não é um apelo religioso, afinal creio que todos saibamos que o Brasil é o país da religiosidade, da devoção, do culto e do amor a Deus acima de qualquer outra coisa, amor maior que a si próprio. O Brasil certamente sabe de suas qualidades e capacidades espirituais. É como se Deus tivesse nos colocado na balança divina das catástrofes, onde nos poupou de tamanhas desgraças naturais compreendidas popularmente como terremotos, furacões, maremotos e outros, e nos encheu de paixão. Não amor, paixão. Paixões aquelas que nos sobem ao cérebro com a mesma vivacidade dos batimentos do peito, que aumentam a temperatura e nos levam, conseqüentemente, a cometer atos não tão naturais aos olhos do todo poderoso e tão pouco planejados por ele.
Deus nos deu a graça da natureza harmoniosa. E nós, brasileiros, criamos a desgraça, que por deus, não nos foi concedida.
Texto de 2005.