segunda-feira, 31 de março de 2008

"Newton é sempre citado" (Matéria p/ revista)

O cunho social, ligado aos fatores e idealismos de vida que sempre busquei e tanto apoiei para que fizessemos parte, ou peça, dessa enorme engrenagem chamada vulgarmente de sistema, continuo buscando apenas olhares alheios mais atentos, ou melhor, imobilização dos fatos e atos, olhares em formas de imagens onde através desses, eu pudesse contribuir para a humanização do ser, a famosa solidariedade social que tanto almejo. Almejo que não só um único alguém olhe por nós, mas que todos nós não esqueçamos, jamais, da existência da utópica coletividade, da essência de onde viemos, da idéia absoluta e etimológica da palavra: Conjunto. . Me limitou por não conseguir ter oportunidades de fazê-los enxergar que existe algo além de nós, algo irreparável e infalível (não aos olhos de um leigo), uma foto.

Acho louvável tamanha arte que consegue entreter e encantar mesmo tendo como sua principal fonte de imaginação, a singela ESTÁTICA. No mundo moderno o que mais vemos e ouvimos é o tão aclamado dinamismo, foi assim que me deparei ao cursar o primeiro semestre de jornalismo antes de tornar-me estudante de direito: "Os jornais, as palavras, o cinema, as notícias....não passam de breves acontecimentos dinâmicos". Talvez seja essa a diferença tão pavorosa entre os jornalistas e historiadores. Enquanto uns enxergam os acontecimentos como atos que merecem ser ovacionados, atos grandiosos, atos memoráveis e intocáveis, os outros anseiam pelo desencadeamento dos fatos, onde toda e qualquer notícia corre na velocidade da luz, onde os jornais de hoje enrolarão os peixes na feira de amanhã, onde não existe resposta de ação às valoráveis reações que fizeram de Newton o gênio da física. Ou seja, se nem para toda ação existe uma reação, para que todos aqueles movimentos, as revoltas, as revoluções se nenhuma delas são capazes de gerar e erguer cidadãos com punhos fortes o suficiente a fim de levantar a bandeira da opinião? ou melhor, afim de fazer valer a opinião, fazer reação social à ação egoísta do sistema único e solo, chamado de governo. Creio que Newton, ao criar suas leis limitadamente físicas, tenha se esquecido que no mundo existe política, ou talvez ele apenas tenha vendado seus olhos para fazer-se esquecer de tamanha falha do mundo.
É importante que eu diga, que a presença de um sistema governamental é totalmente válida e essencial para o desenrolar das diversas histórias, das diversas pessoas, já que todo ser humano, por natureza, tende à perder-se muitas vezes em sentimentos egoístas e sexualmente onerosos e, mais uma vez, se esquecem da sua origem, da sua gente, da sua fonte. A questão não se vincula ao Anarquismo ou à qualquer outra forma oposta à existencia de um governo controlador e sim a organização e forma de obtenção desse sistema. È como se a cada geração, além de nossos pais, também não pudessemos escolher os representantes do nosso segundo maior e implícito orgulho, orgulho de sermos brasileiros na saúde ou na doença, além da morte.
Gostaria que os filósofos dessa redação pudessem me ajudar a compreender porque sempre quando entramos em um curso de Direito, descobrimos que Direito e justiça são coisas que não existem? Temo que todos os estudantes, assim como eu, se iludam com um bom salário futuro e se esqueçam das simples coisas que mudaram e fizeram história no mundo, como por exemplo: a fotografia.

Um comentário:

Unknown disse...

Que orgulho!
Amo você pretilda